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Foto: Reprodução

A recente ameaça de aumento tarifário por parte dos Estados Unidos tem gerado forte apreensão entre indústrias brasileiras, especialmente no Paraná. As novas medidas anunciadas por Donald Trump, caso se confirmem, podem comprometer setores estratégicos da economia paranaense, levando ao fechamento de contratos, férias coletivas e desaceleração na produção.

Diante desse cenário, o senador Sergio Moro se posicionou com firmeza e pediu ao governo brasileiro uma ação diplomática imediata, destacando a importância de proteger a política no Paraná.

Com a possibilidade de alíquotas de até 50% sobre produtos brasileiros, incluindo itens como madeira, maquinário e autopeças, a indústria paranaense se vê pressionada. Muitas empresas que dependem das exportações para o mercado americano já sinalizam a necessidade de paralisações temporárias, diante da inviabilidade de manter competitividade com o novo cenário.

Moro destacou que a medida, embora ainda não efetivada, já causa impactos concretos. A incerteza afeta o planejamento das empresas e mina a confiança em um ambiente econômico estável. O senador defende que o Brasil não pode assistir passivamente a esse movimento. Em vez de reagir com confrontos ou retaliações comerciais, ele propõe que o país adote uma postura técnica e diplomática, investindo na construção de um diálogo com o governo americano.

Um dos caminhos defendidos por Moro é a negociação de exceções ou prorrogações nos prazos de vigência das tarifas. A criação de cotas para setores mais vulneráveis também está no radar. Nesse contexto, o vice-presidente Geraldo Alckmin já articula uma frente interministerial para discutir alternativas e iniciar tratativas com autoridades dos EUA, buscando adiar a aplicação das tarifas ou mitigar seus efeitos diretos sobre a produção brasileira.

A preocupação não se limita apenas ao Paraná. Empresas de renome nacional, como a Embraer e a WEG, também expressaram receio com as possíveis consequências. Estima-se que, no caso da Embraer, o custo de cada avião exportado para os EUA pode subir até US$ 9 mil com a nova alíquota. Já a WEG cogita redirecionar parte de suas exportações a outros mercados, em uma tentativa de reduzir perdas.

Para analistas econômicos, essa tensão tarifária pode travar o crescimento das exportações, afetar o equilíbrio cambial e até mesmo impactar a inflação. Diante disso, a estratégia do governo brasileiro precisa ser centrada na diplomacia econômica e na defesa da indústria nacional, sem abrir mão do diálogo e da negociação.

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